segunda-feira, 17 de março de 2008

BULLYING

“COAST TO COAST”

BULLYING

Bullying – é um termo de origem inglesa utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um individuo (bully) ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro individuo, (ou grupo de indivíduos) incapazes de se defender. A palavra “Bully” significa “valentão”, o autor das agressões. Os alvos de ‘Bullying’ – são os alunos que só sofrem ‘Bullying’; os alvos/autores – são os alunos que ora sofrem, ora praticam ’Bullying’; as testemunhas – são alunos que não sofrem nem praticam ‘Bullying’, mas convivem num ambiente; onde estas situações ocorrem.

O ‘bullyieng’ é definido em três termos essenciais:

- o comportamento é agressivo e negativo;

- o comportamento é executado repetidamente;

- o comportamento ocorre num relacionamento onde há um desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.

Algumas ações que costumam estar presentes nessas praticas são: colocar apelidos, ofender, humilhar, discriminar, excluir, intimidar, perseguir, assediar, amedrontar, agredir, bater, roubar ou quebrar pertences, entre outras formas.

A agressividade esta alcançando grandes proporções dentro e fora da escola uma vez que fortes questões sociais como: desemprego, moradia, fome, saúde, e educação abalam a estrutura familiar refletindo no contexto escolar, pois a criança reproduz o que ela vivencia. Estas questões relacionadas com a desigualdade e exclusão social têm conduzido ao crescimento da delinqüência e da violência, quer na sociedade ou no interior da escola. Assim a indisciplina é percebida como uma das principais queixas tanto de professores quanto de alunos ao mesmo tempo em que está sendo considerada uma das principais problemáticas das escolas.

Podem ocorrer diferentes implicações psicológicas em crianças e jovens vítimas do ‘Bullying’. O impacto imediato percebido é a queda do desempenho escolar em razão da convivência da criança com um ambiente agressivo, que gera medo, ansiedade, insegurança, repercutindo-se no seu nível de aprendizado. Elas não conseguem reagir e acabam sendo alvos freqüentes dessas agressões, gerando sentimentos de vergonha e de medo, fazendo com que passem a se isolar cada vez mais, com receio de ficarem expostas. Essas crianças e jovens podem ter poucos amigos e manifestam reações de rejeição à escola (fobia escolar). Elas simulam mal-estar, dor de cabeça e dor de barriga em casa para não ir à escola. Podem desenvolver medo, baixa auto-estima, ansiedade, pânico, depressão, distúrbios psicossomáticos. Poderão, ainda, crescer com sentimentos negativos, apresentando sérios problemas de relacionamento no futuro e, em casos extremos, poderão tentar ou cometer suicídio.

Assim sendo, o nosso esforço enquanto educadores é tentar entender as atitudes dos nossos alunos, buscando o dialogo para compreender as mensagens que eles estão nos passando por meio da linguagem da indisciplina e da agressividade. É importante questionar por que eles desobedecem e desafiam, insistem em atrapalhar as aulas e os colegas, são agressivos e desrespeitosos e por que destroem a sua própria sala de aula e a sua escola. Para isso, é necessário um trabalho conjunto entre o corpo técnico da escola, educadores, família e sociedade a fim de reduzir e combater o ‘Bullyieng’ no contexto escolar.

‘Maria das Graças Teles Martins – Psicóloga Clínica e Hospitalar, Mestre em Educação, Conselheira e Coordenadora de Comissões de Educação’


MUSICA RECOMENDADA PARA ACOMPANHAR A LEITURA:

Pink Floid-another brick in the wall


http://www.youtube.com/watch?v=Nsscv1docos

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