domingo, 23 de outubro de 2011

As crianças estão precisando de tapa na bunda', diz terapeuta infantil

palmadas da bundaComo explicar a uma criança a forma correta de agir? A dúvida, comum a muitas mães, divide especialistas. Mas há um ponto em que todos parecem concordar atualmente: bater para educar seria pouco eficaz e traumatizante para a criança. Poucos seguem outra linha de raciocínio. É o caso da terapeuta infantil Denise Dias, que lançou em outubro deste ano o livro “Tapa na Bunda – Como impor limites e estabelecer um relacionamento sadio com as crianças em tempos politicamente corretos” (Editora Matrix).

Desde 1998 o conselho da União Europeia está em campanha contra as palmadas. Ao todo, 22 países europeus, como Suécia, Áustria e Alemanha, criminalizaram punições físicas. Publicada em abril de 2010, uma pesquisa realizada com crianças entre três e cinco anos por cientistas da Universidade de Tulane, nos Estados Unidos, constatou que aquelas cujos pais costumavam disciplinar com tapas tinham 50% mais chances de desenvolver agressividade. No Brasil, tramita no congresso desde 2002 um projeto de lei que visa proibir as palmadas. Apoiado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e por estrelas como Xuxa, o assunto ganhou notoriedade.

Com mais de dez anos atendendo crianças e adolescentes, inclusive em instituições dos Estados Unidos, Denise, no entanto, não vê problemas na adoção da palmadas educativas. “As crianças estão precisando de tapa na bunda”, diz a terapeuta. Ela vê a carência na imposição de limites às crianças como um dos principais problemas da geração atual: “virou uma bagunça tão grande que hoje nós temos uma geração de delinquentes adolescentes”. Confira a entrevista que ela concedeu ao Delas.

iG: Qual a ideia central do livro?
Denise Dias: Eu vejo que as palmadas que os pais dão nos filhos, de vez em quando, não têm mal nenhum. “Monstrualizaram” a educação doméstica. Não se pode mais falar em tapa ou em castigo. Não se pode mais falar que os pais mandam nos filhos. Virou uma bagunça tão grande que hoje nós temos uma geração de delinquentes adolescentes. Podemos até falar que é uma geração drogada e prostituída também. A quantidade de jovens usuários de drogas só cresce ano após ano, isso não é falta de informação, é falta de limite. O que é, muitas vezes, imposto com um tapa na bunda.

iG: Qual a diferença entre palmada e agressão?
Denise Dias: Não existe um “tapômetro” para mensurar isso quantitativamente. No Reino Unido, quando um pai é julgado (por algum tipo de agressão ao filho), eles observam se foi deixada alguma marca na criança. Esta seria uma forma mais palpável de medir.

iG: Um capítulo do seu livro fala sobre “criar monstros”. Você pode explicar essa ideia?
Denise Dias: Em uma escada de hierarquia, onde ficam os pais? No topo. Onde ficam os filhos? Lá embaixo. Os pais possuem autoridade indiscutível perante os filhos. Para uma criança crescer saudavelmente, ela precisa de um adulto seguro que diga o que pode e o que não pode ser feito. Hoje em dia, ao invés de colocar limites, eles (os pais) estão filosofando excessivamente com as crianças. Costumo dizer que os pais ficam com “teses de doutorado”, explicando demais para uma criança de quatro, cinco anos de idade cujo cérebro não está formado adequadamente para formar abstração, formar filosofia. Por isso que um pai que mora no décimo andar não tenta explicar para a criança que ela pode cair da varanda. O que ele faz? Coloca rede em todas as janelas. É só uma criança, ela paga para ver.
Denise: as crianças de hoje estão pedindo limites

iG: Você acha que a palmada é a melhor forma de exercer autoridade?
Denise Dias: Não. Acho que é uma das alternativas e, muitas vezes, é o que resolve. Tem crianças que nunca precisam levar uma palmada, a mãe olha e ela já obedece. Tem criança, no entanto, que faz alguma coisa errada e, por mais que a mãe coloque-a de castigo e tire privilégios, continua mexendo onde não deve mexer. O que adianta? O que ela está pedindo? Tapa na bunda. As crianças estão precisando de tapa na bunda.

iG: Não existem outras formas de exercer a autoridade, como saber dizer “não”?
Denise Dias: Com certeza. Isso eu abordo com clareza no meu livro. O tapa na bunda é um último recurso, mas muitas vezes ele é necessário.

iG: Como saber quando ele é necessário?
Denise Dias: Quando você já chamou a atenção da criança, já tentou fazê-la parar de fazer o que não deveria estar fazendo, já tentou colocar de castigo e mesmo assim ela continua. O que essa criança está pedindo? Limites. Tem criança para as quais basta dizer algo como “vai ficar sem o cinema hoje”, que ela aprende. Ela não gosta daquilo, então se comportará, em uma próxima vez, para que não aconteça de novo. Mas existem crianças que testam incansavelmente os pais. São esses adolescentes que crescem e queimam um índio, atropelam skatistas...

iG: Bater nas crianças não pode ser considerado um pouco primitivo?
Denise Dias: De forma alguma. Uma coisa é a palmada, depois que já tiveram vários outros tipos de punições que não deram certo. Outra coisa é um pai que chega estressado do trabalho, a criança faz algo como derrubar suco na mesa, por exemplo, e o pai, na sua ignorância, lasca um tabefe na criança. São situações muito diferentes.

Livro Tapa na bundaCapa do livro de Denise, "Tapa na Bunda", da Editora Matrix

iG: Qual a sua opinião sobre o projeto de lei que visa proibir a palmada?
Denise Dias: Eu sou contra. Ele não é necessário. O Estatuto da Criança e do Adolescente já protege contra a violência. Vamos definir “violência”. A criança brasileira está prostituída na rua, está na cracolândia... A criança brasileira está chegando ao quinto ano do ensino público sem saber fazer uma conta de subtração. Isso é violência. Agora o congresso quer criminalizar uma palmada que um filho que olha para o pai e fala “cala a boca, seu idiota” toma? O pai que não coloca limites no filho está criando um monstro.

iG: O que levou você a escrever este livro agora, na contramão de diversos estudos e correntes pedagógicas que pregam justamente o fim das palmadas?
Denise Dias: Para dizer a verdade, no meu convívio profissional o que eu mais conheço, graças a Deus, são profissionais a favor de umas palminhas para educar. Eu vinha escrevendo o livro desde 2009. Quando deu o boom sobre o assunto, por conta do projeto de lei, comecei a correr para terminar o livro.

 
Com ig

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Como ficará Portugal em 2012? como está agora a Grécia‏

A mesma política em países com problemas semelhantes (a Grécia talvez tivesse mais corrupção, mas duvido), vai desmentir o que diz o neocon das finanças que deve ter estudado História Económica por correspondência (e não só, também conhece Portugal de binóculos: acreditar num aumento da cobrança do IVA em Portugal numa situação recessiva, só mesmo com um polícia em cada loja). Cada país é um caso, mas a mesma política em casos muito semelhantes dará resultados muito parecidos.
Da propaganda da mentira sempre fez parte diabolizar a Grécia (quantos não se indignaram a seu tempo porque íamos "ajudar" esses malandros). Este é o depoimento de "um jurista de Viena, que tem um apartamento em Atenas". Sublinhados e comentário entre [] meus:
Há 16 meses que tenho casa em Atenas e vivi in loco esta situação dramática. Ouvem-se queixas de que os planos económicos não vão funcionar porque as receitas fiscais caíram. Põe-se em causa a vontade dos gregos economizarem. Que surpresa! Vejamos alguns factos:
- Redução de salários e de pensões até 30%.
- Redução do salário mínimo para 600 euros. [algo de que estamos safos,  deve descer só uns 10%]
- Dramática subida de preços (combustível doméstico + 100; gasolina + 100%, electricidade, aquecimento, gás, transportes públicos + 50%) ao longo dos últimos 15 meses.

Resgate da UE de 97% volta para a UE Ler mais deste post

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Pago mas que fique claro que ninguém me perguntou nada e já agora aqui ninguém é estúpido

Tenho 19 anos, nasci em 1992, e pretendo pagar, porque aparentemente vivi acima das minhas possibilidades, não sei se quando pedi bonecos  para brincar, ou ovos de chocolate, se quando era Verão e fui demasiadas vezes à praia ou se mais tarde quando cometi o terrível erro (erro pois ao contrário de ser coisa normal ler livros é coisa estranha para "crianças" do ensino básico e secundário") de começar a pedir livros,
talvez agora as crianças/adolescentes que os peçam já não os possam ter e vai daí se calhar nem é mau é da maneira que crescem sem se importarem com o futuro, com o que se está a passar com o país deles e ao fazerem os 18 anos de idade, optarem por não votarem e por não se importarem, sinceramente, não sei em qual das minhas brincadeiras de criança estava a viver acima das minhas possibilidades mas agora já tenho 19 anos e pedem-me sacrifícios, e pedem-me para pagar as contas feitas no passado e eu não me importo, mas acho triste esta mudança de slogans dantes era o "As crianças são o Futuro!!!", agora é "As crianças que paguem no futuro, os erros de agora!!!", mas é engraçado ver como a transição entre os programas desde os desenhos animados vistos ainda em criança aos programas de humor mais tarde e depois ir crescendo e ver "Olha, ha ha , isto continua a ser realmente muito ridículo e engraçado!!!" com caso atrás de caso alguns tão ridículos que deviam chocar e indignar as pessoas e que apenas as fazem levantar os olhos, ver, dizer e pensar" É o costume "e voltarem a baixar os olhos, foram vencidos por cansaço já não se importam, só querem chegar ao fim do mês e ter dinheiro para pagar as contas ou ao menos dinheiro para poderem ir trabalhar no dia a seguir (pois porque ir trabalhar também já custa muito, numa altura em que falam que é preciso baixar o preço do trabalho, mas aumentam o preço para ir para o trabalho). Pois eu pago as contas que fizeram em meu nome, mas que não me venham dizer que fui culpado, ou que vivi acima das minhas possibilidades, e já agora aqui ninguém é estúpido, não venham falar para a TV em recapitalização da banca ou redução disto e daquilo como se fosse um assunto puramente técnico e que até não vai afectar ninguém, eu pago a conta mas sei que foi por irresponsabilidade de quem as fez e de quem pretende fazê-las ainda maiores para mais tarde os meus descendestes as pagarem também, sem ninguém lhes ter perguntado nada.

Alexandre Teles

domingo, 9 de outubro de 2011

Mas que "merda" de acordo...

Quando eu escrevo a palavra acção, por magia ou pirraça, o computador retira automaticamente o C na pretensão de me ensinar a nova grafia.

De forma que, aos poucos, sem precisar de ajuda, eu próprio vou tirando as consoantes que, ao que parece, estavam a mais na língua portuguesa.

Custa-me despedir-me daquelas letras que tanto fizeram por mim.

São muitos anos de convívio.

Lembro-me da forma discreta e silenciosa como todos estes CCC's e PPP's me acompanharam em tantos textos e livros desde a infância.

Na primária, por vezes gritavam ofendidos na caneta vermelha da professora:  - não te esqueças de mim!

Com o tempo, fui-me habituando à sua existência muda, como quem diz, sei que não falas, mas ainda bem que estás aí.

E agora as palavras já nem parecem as mesmas.

O que é ser proativo?

Custa-me admitir que, de um dia para o outro, passei a trabalhar numa redação, que há espetadores nos espetáculos e alguns também nos frangos, que os atores atuam e que, ao segundo ato, eu ato os meus sapatos.

Depois há os intrusos, sobretudo o R, que tornou algumas palavras arrevesadas e arranhadas, como neorrealismo ou autorretrato.

Caíram hifenes e entraram RRR's que andavam errantes.

É uma união de facto, e  para não errar tenho a obrigação de os acolher como se fossem família. Em 'há de' há um divórcio, não vale a pena criar uma linha entre eles, porque já não se entendem.

Em veem e leem, por uma questão de fraternidade, os EEE's passaram a ser gémeos, nenhum usa ( ^^^) chapéu.

E os meses perderam importância e dignidade; não havia motivo para terem privilégios. Assim, temos  janeiro, fevereiro, março, são tão importantes como peixe, flor, avião.

Não sei se estou a ser suscetível, mas sem P, algumas palavras são uma autêntica deceção, mas por outro lado é ótimo que já não tenham.

As palavras transformam-nos.

Como um menino que muda de escola, sei que vou ter saudades, mas é tempo de crescer e encontrar novos amigos.

Sei que tudo vai correr bem, espero que a ausência do C não me faça perder a direção, nem me fracione, e nem quero tropeçar em algum objeto.

Porque, verdade seja dita, hoje em dia, não se pode ser atual nem atuante com um C a atrapalhar.

Só não percebo porque é que temos que ser NÓS a alterar a escrita, se a LÍNGUA É NOSSA ...? ! ? ! ?

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Acordo Ortográfico‏


Já tinha reparado e pensado nisto, e, concordo em absoluto!


Nos nossos sete, oito e nove anos tínhamos que fazer aqueles malditos ditados que as professoras se orgulhavam de leccionar. A partir do terceiro erro de cada texto, tínhamos que aquecer as mãos para as dar à palmatória. E levávamos reguadas com erros destes: "ação", "ator", "fato" ("facto"), "tato" ("tacto"), "fatura", " reação", etc, etc...
Com o novo acordo ortográfico, voltam a vencer-nos, pois nós é que temos que nos adaptar a eles e não ao contrário. Ridículo...
Mas, afinal de onde vem a origem das palavras da nossa Língua? Do Latim!! E desta, derivam muitas outras línguas da Europa. Até no Inglês, a maior parte das palavras derivam do latim.
Então, vejam alguns exemplos:
Em Latim
Em Francês
Em Espanhol
Em Inglês
Até em Alemão, reparem:
Velho Português (o que desleixámos)
O novo Português (o importado do Brasil)
Actor
Acteur
Actor
Actor
Akteur
Actor
Ator
Factor
Facteur
Factor
Factor
Faktor
Factor
Fator

Tact
Tacto
Tact
Takt
Tacto
Tato
Reactor
Réacteur
Reactor
Reactor
Reaktor
Reactor
Reator
Sector
Secteur
Sector
Sector
Sektor
Sector
Setor
Protector
Protecteur
Protector
Protector
Protektor
Protector
Protetor
Selection
Seléction
Seleccion
Selection

Selecção
Seleção

Exacte
Exacta
Exact

Exacto
Exato

 Excep
Excepto
Except

Excepto
Exceto
Baptismus
Baptême

Baptism

Baptismo
Batismo

Exception
Excepción
Exception

Excepção
Exceção
Optimus
Optimum

Optimum

Óptimo
Ótimo
Conclusão: na maior parte dos casos, as consoantes mudas das palavras destas línguas europeias mantiveram-se tal como se escrevia originalmente.
Se a origem está na Velha Europa, porque é temos que imitar os do outro lado do Atlântico.
Mais um crime na Cultura Portuguesa e, desta vez, provocada pelos nossos intelectuais da Língua de Camões.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

DESABAFO

Na fila do supermercado, o caixa diz uma senhora idosa:

- A senhora deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não são amigáveis com o ambiente.

A senhora pediu desculpas e disse:

- Não havia essa onda verde no meu tempo.

O empregado respondeu:

- Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com o nosso ambiente.

- Você está certo - responde a velha senhora - nossa geração não se preocupou adequadamente com o ambiente. Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes.

Realmente não nos preocupamos com o ambiente no nosso tempo. Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhávamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões.

Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o ambiente. Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secavam nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas.

Mas é verdade: não havia preocupação com o ambiente, naqueles dias. Naquela época só tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado como?

Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usamos jornal amassado para protegê-lo, não plastico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar. Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade.

Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o ambiente. Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos. Canetas: recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra. Abandonamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lâmina ficou sem corte.

Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas. Tínhamos só  uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima.

Então, não é risível que a atual geração fale tanto em "meio ambiente", mas não quer abrir mão de nada e não pensa em viver um pouco como na minha época?

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Operação STOP...‏

Ontem à noite, depois de sair com um grupo de amigos, fomos mandados parar por uma brigada de trânsito da BT.
Até certo ponto, achamos normal por se tratar de um fim-de-semana e ser costume haver a caça ao condutor com álcool.
Depois de o condutor soprar no balão, qual o nosso espanto quando o polícia pergunta se temos leitor de CD no carro.
Tínhamos leitor de CD e logo a seguir pediu-nos para ver os CD's que tínhamos no carro, para ver se eram cópias ! !!! Sobre isto, já eu tinha ouvido falar num mail que recebi recentemente (ver mais abaixo).
O que é incrível é que, depois dos CD's, o polícia manda-nos sair do carro e começa a olhar para a nossa roupa ! Verídico !!!
Nisto, chama uma mulher-polícia para junto das minhas colegas e um outro polícia para junto de nós e... PEDEM-NOS PARA VER A ETIQUETA DAS NOSSAS ROUPAS!
Recusámo-nos imediatamente e eles informaram-nos que, naquela operação Stop, estava incluída uma busca por contrafacção !!!

Um dos meus colegas tinha um casaco Paul & Shark, comprado na feira de Espinho, e as Autoridades identificaram-no e vai ser punido!

O meu colega e todos outros como não conhecem a lei já contactou o advogado e este informou-o de que o que os policias fizeram está dentro da lei!
Pelos vistos, quando compramos roupa na feira, sabemos que estamos a comprar material ilegal e isso é crime!
Estamos a pactuar com uma actuação fora da lei e por isso sujeitos a coimas por conivência de forma de delito.
Pelo que percebemos, só algumas marcas é que estão sujeitas a fiscalização, tipo, bolsas Gucci, óculos Channel, roupas  Nike, Gant, Louis Vuitton, etc etc.
Façam chegar este mail a toda a gente para que todos saibam

A GNR-BT, nos auto-stops, começou a fiscalizar os CD's piratas que temos no carro. Se os CDs não forem originais ou então se não possuímos o original que deu origem à cópia, (é permitido por lei efectuar UMA cópia de segurança), a viatura pode ser apreendida e sujeitamo-nos às respectivas sanções.
Retirem urgentemente os CD's piratas do carro, não vá o diabo tece-las.
Este controlo foi efectuado no fim de semana, na A1 no Norte de Portugal mas segundo as autoridades vai estender-se por todo Pais........e esta hennnnnnnnnnnnn
.

domingo, 11 de setembro de 2011

ACONTECEU NO BARREIRO

Ao invés das “partituras” de música ao vivo que nos é dada diariamente pelos “artistas” bem remunerados (digo alguns comentadores) através da “caixinha mágica” e integradas no espetáculo da governação, devidamente orientada por “treinadores” importados e bem pagos que, ainda por cima, é provável que tenham algum patrocínio de umas agências que controlam à distância a actividade “artística” dos ditos e assumem a “honra” de classificar o grande palco nacional de lixo. Pois é, o chefe bem prometeu que se fosse eleito, seria o único, o exclusivo, o predestinado a promover o palco nacional , a acreditação positiva nos “mercados” da especulação financeira, mas não, saiu tudo ao contrário, como, aliás, estava  previsto.
Mas vamos à boa e sã música. Ontem nove de Setembro, as notas, não as que enchem os bolsos, mas as musicais portadoras  de alegria, da sonoridade da música POP, ROCK e FOLK, aconteceram na FREGUESIA DA VERDERENA, cidade do BARREIRO. O palco pequeno mas  limpo e organizado, no espaço do evento não havia lugar para comparações com o grande palco. Foi um espetáculo acessível a todas as bolsas (sem especulações nem explorações) em que a participação do público, em bom número, se geminou com os artistas numa aura solidária, alegre e fraterna.
A arte e mestria do violinista CARLOS SANTA CLARA  combinou na perfeição com a voz e o som da guitarra rítmica do irlandês PETE CARROL deliciaram a plateia e, naquele breve momento de duas horas, ninguém se lembrou de crises-
AH !!! NÃO SE ESQUEÇAM DO DIA 1 DE OUTUBRO !!!

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Fortuna de Kadafi chega a US$ 70 bi

Filho de um pastor beduíno, Muamar Kadafi usou o petróleo, corrupção e opressão para construir um fundo de investimentos de US$ 70 bilhões, que hoje tem seus tentáculos em todos os sectores e regiões do mundo.
Ainda que o dinheiro venha do petróleo do país, o sector financeiro internacional considera a Autoridade de Investimentos da Líbia como uma empresa da família Kadafi. A eventual queda do ditador, portanto, poderia ter repercussões para dezenas de empresas pelo mundo.
Sem distribuir os recursos à população, a família Kadafi rapidamente acumulou uma fortuna e diversificou seus negócios. Seu fundo acumulou ainda lucros de US$ 2,5 bilhões em apenas quatro anos. Em 2010, comprou por quase US$ 400 milhões 3% das ações da Pearson, empresa que está por trás do Financial Times.
Na Grã-Bretanha, que hoje patrocina uma resolução na ONU contra Kadafi, o líbio ainda comprou uma série de propriedades. Na Rua Oxford, o ditador pagou mais de US$ 200 milhões pelo famoso edifício conhecido como Portman House.
Nos EUA, o Grupo Carlyle é parte dos parceiros do fundo de Kadafi, que também investe no sector têxtil da África. Em ações pelo mundo, o fundo ainda investiu US$ 1,5 bilhão. Na Áustria, a empresa de Kadafi comprou 10% da maior fabricante de tijolos do mundo, a Wienerberger.
Na Itália, a presença de Kadafi é ainda mais impressionante. Não por acaso, a bolsa de Milão é a que mais sofre com a crise em Trípoli. De ex-colônia italiana, a Líbia passou a ajudar empresas de Roma e Turim.
Em pelo menos três ocasiões, salvou a Fiat de graves problemas financeiros. A última vez foi em 2002, quando Kadafi comprou 2% da empresa. Os líbios detêm 7,5% do UniCredit, um dos maiores bancos da Itália, além de 2% no principal grupo industrial de armamento, Finmeccanica.
O líbio tem 7,5% das ações da Juventus, o time com maior número de títulos do futebol italiano. Isso, claro, para que seu filho fosse escalado para algumas partidas como jogador.
Na África, os investimentos em telecomunicações começaram em 2007, como em Uganda e outros sete países. Ainda comprou 24% da empresa Circle Oil, responsável pela exploração de gás no Egito, Marrocos, Namíbia, Omã e Tunísia.
No Brasil, os responsáveis pelo fundo buscam terras e afirmam que teriam US$ 500 milhões para gastar, segundo fontes da Câmara Brasil-Países Árabes.
http://www.estadao.com.br/fotos/fortuna_kadafi.gif
 

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Paradigma da expansão cósmica

Estudo feito no Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP indica que a velocidade de expansão do Universo pode estar diminuindo (Nasa)

O Universo está se expandindo, mas não necessariamente de forma acelerada como aponta o modelo cosmológico mais aceito pelos especialistas, o Lambda-CDM (Cold Dark Matter). É o que propõe uma pesquisa realizada no Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP).
Segundo Antônio Cândido de Camargo Guimarães, autor do estudo publicado no periódico Classical and Quantum Gravity, houve uma fase de expansão acelerada, que seria recente. “Mas hoje esse estado não é tão certo. É possível que a aceleração já esteja diminuindo”, disse à Agência FAPESP.
A pesquisa, parte do projeto "Investigação da distribuição de matéria escura através de seus efeitos como lentes gravitacionais", supervisionada por José Ademir Sales de Lima, professor do IAG, contou com apoio da FAPESP na modalidade Bolsa de Pós-Doutorado.
Guimarães conta que há cerca de dez anos a expansão acelerada do Universo se tornou consenso na comunidade científica a partir de observações de explosões de supernovas 1a, cujo brilho era menor do que se esperava. Para descrever essa rápida expansão, os cientistas adotaram o Lambda-CDM. Esse modelo cosmológico se baseia na existência de uma “energia escura”, que corresponderia a 70% da composição do Universo.
“A energia escura é um ente físico muito especulativo. Há algumas hipóteses e ideias, mas não se sabe qual a natureza dela”, destacou o astrônomo.
Em sua pesquisa, Guimarães diz que a ideia foi descrever a expansão de forma independente de modelos de energia escura. Para isso, usou a chamada abordagem cosmográfica. Esse método se baseia na descrição da expansão cósmica como uma somatória de termos em função do redshift (medida da velocidade de afastamento) das supernovas, que é usado para traçar o brilho estelar (indicando a distância).
As supernovas foram divididas em três grupos: antigas, recentes e muito recentes. Por meio das análises cosmográficas, o pesquisador observou que, quanto mais recente os eventos das supernovas, maior era a probabilidade da atual desaceleração do Universo.
“O modelo Lambda-CDM diz que a aceleração tende sempre a aumentar. É interessante, pois nosso trabalho questiona esse paradigma, que usa uma forma particular para a energia escura para descrever a expansão cósmica”, disse Guimarães.
O artigo Could the cosmic acceleration be transient? A cosmographic evaluation (doi:10.1088/0264-9381/28/12/125026), de Antônio Cândido de Camargo Guimarães e José Ademir Sales de Lima, pode ser lido na Classical and Quantum Gravity em:
iopscience.iop.org/0264-9381/28/12/125026.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O racismo

Não acredito no senso comum das pessoas quando afirmam que existem povos racistas. Não existem povos racistas. Dentro de cada da comunidade existem sim pessoas racistas.
O povo Britânico, analisado como um todo pela minha perspectiva, não pode ser considerado um povo racista. Não o é, assim como não são os Belgas, os Suiços, os Portugueses, os Espanhóis, os Russos ou os Turcos.
A vivência com povos de outras nacionalidades e de outras raças, assume desde logo a possibilidade de redundar em dois pólos comportamentais totalmente antagónicos: o comportamento racista provocado pelo comportamento negativo de um cidadão nacional que olha com estranheza, afronta ou inimizade a personalidade, os valores, as tradições e a cultura do cidadão de outra nacionalidade que chega ao seu meio social e o comportamento positivo por parte do cidadão que se mostra interessado em interagir com cidadãos de outras nacionalidades como forma de hospitalidade, partilha de ideias, partilha de conhecimentos e de certa forma, na promoção da integração do cidadão estrangeiro no meio social ao qual o mesmo acaba de chegar.
São os valores do indíviduo e a sua própria situação pessoal e a prática executada pelas instituições, os critérios fundamentais que irão guiar a sua interacção comportamental com estrangeiros.
Se o cidadão nacional não tem emprego e procura-o com intensidade, verá com maus olhos a escolha de um estrangeiro para o seu lugar. Se ao cidadão nacional são cortados benefícios sociais, é normal que este se venha a sentir revoltado com o facto de existirem estrangeiros com tais benefícios garantidos pelo Estado do qual é cidadão. Se existe muita criminalidade no país, o cidadão nacional há de sempre atirar as culpas para o cidadão estrangeiro. A culpa do crime, da mendicidade, da degradação dos valores comungados por toda uma comunidade em prol da entrada de novos valores trazidos por emigrantes serão sempre uma arma de arremesso para o cidadão nacional preservar a identidade do seu país e arranjar um bode expiatório para algo que esteja a correr mal no seu meio social. Tal ideia não poderia estar errada, tais comportamentos não podem estar mais errados.
O comportamento integracionista é e sempre será a melhor forma de preservar uma determinada sociedade perante a entrada de uma grande quantidade de cidadãos estrangeiros no seu território. Quando digo que é a melhor forma, digo-o com o claro sentido que é mais importante que a própria imposição de leis. Leis que como se sabe, acabam ser criadas através do consenso de valores comungados socialmente por todos os cidadãos nacionais. Um cidadão estrangeiro totalmente integrado numa sociedade que não é a sua tenderá a não só evoluir como pessoa como a escapar a práticas de vida marginais e como tal à própria exclusão social. Os cidadãos nacionais e o próprio país terão a ganhar com o comportamento integracionista. Cada cidadão estrangeiro devidamente integrado, será uma nova fonte de descobertas sobre outras culturas, tradições, línguas e conhecimento assim como será mais uma pessoa com interesse em evoluir numa determinada profissão de modo a melhorar a sua situação de vida, criar riqueza para o país de acolhimento.
Se o cidadão nacional tomar consciência do facto deste planeta pertencer a todos os homens e como tal ser perfeitamente legítimo que cidadãos de outros países tentem melhorar as suas condições de vida fora da sua prática, teremos o comportamento integracionista. Se não tiver em conta esse facto, teremos um comportamento racistas.
Por outro lado, o papel das instituições criadas em determinada sociedade serão também elas determinantes. Começando pela educação, acabando nas instituições e fundações que regem o trabalho, a segurança social e a habitação. É nesse nicho onde se consegue perceber que são as instituições que estão a falhar por completo: nas escolas, a política de ensino da tolerância e da hospitalidade aos que não são cidadãos do nosso país como forma de preservar a paz e coesão social não está a surtir efeitos; a sociedade através das suas instituições continua a  encaminhar os emigrantes para uma vida de marginalidade descrminando-o (de forma negativa) no livre acesso ao trabalho, na remuneração (pagando-lhes menos do que o cidadão nacional que executa as mesmas tarefas) e obviamente na colocação de cidadãos da mesma raça ou da mesma nacionalidade em bairros degradados, promovendo portanto a exclusão social e como tal, a fome, o crime, a pobreza e a violência. A fome gera violência, as necessidades criadas entre as pessoas pelos hábitos consumistas levam a que estas desesperem quando não as conseguem satisfazer e tais necessidades (não realizadas) geram mais violência.
Em alguns países da europa, a colocação de cidadãos de países rivais dentro do mesmo bairro é outra das formas de criação de violência e instabilidade social.
É basicamente o que se passa no Reino Unido. Uma experiência multicultural (já assumida pelo governo) completamente falhada. Desde a educação à política de habitação e gestão de conflitos dentro de portas. Fala-se em segregação racial. Não creio que se trate propriamente de segregação racial pura e dura como aquela que aconteceu nos países africanos após a descolonização. Prefiro apelidar o comportamento britânico como tentativa de superioridade moral dos seus cidadãos em relação aos cidadãos estrangeiros que vivem e trabalham no seu território.E essa tentativa também provoca exclusão social e marginalidade. Principalmente quando a austeridade aperta e as medidas de protecção social diminuem, o que é o caso Britânico.