quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A 25 de Março

São Paulo não é a cidade de meus sonhos nem de meus pesadelos. Declarada, por alguns, como a pátria dos nordestinos, por outros, a locomotiva econômica de nosso país. Mesmo assim, quando a visito, como recentemente, além de explorar as suas maravilhas culturais, artísticas e gastronômicas, não deixo de visitar o festejado comércio da “25 de março”.
Nesse centro de compras e negócios tem produtos nacionais e importados para todos os gostos. É possível comprar CDs, DVDs, aparelhos de sem, roupas, óculos, tênis, perfumes e outras coisas duvidosas (ou seja: falsificadas), é claro, para manter a tradição. Os preços às vezes inacreditáveis, de cair o queixo. Calcula-se que 50% do que circula ali é fruto da falsificação ou contrabando, razão pela qual se justifique esse mudaréu de gente, uma verdadeira muvuca mercantil.
Mas aí que tá: dificilmente alguém escapa dessa armadilha e malandragem comercial. Visto que, na sua maioria, esses produtos de marcas conhecidas são fabricados na China – como sendo alemão, inglês ou norte-americano - porque lá se pagam os mais baixos salários do mundo, levando tais mercadorias a uma invasão indiscriminada para outros países, desbancando irremediavelmente os fabricantes nacionais.
No fundo, no fundo, essas indústrias, para não falirem, transferem suas fábricas para a China que, por sua vez, produzem artigos de preços competitivos e de baixa qualidade.
Volto a ele. O comércio mais bombado de São Paulo. Apesar de ser um “point” de objetos piratas - dizem uns; perguntei, por curiosidade, o preço de um relógio Rolex, numa dessas lojas de Shopping-Galeria, e a vendedora, todo prestimosa e mascando chiclete, respondeu-me:
-Essa peça admirável custa apenas R$ 250,00... não é uma pechincha?
Tomou fôlego e acrescentou:
-Esse relógio possui lente de safira e é aprova d’água... de ótima qualidade!
Ih! Desconfiado, não comprei. Procurei outra loja mais sortida, e a encontrei, onde era comercializada réplica (repito: réplica!) de relógios fashion (masculino e feminino), de todas as marcas e modelos famosas, made in France, swiss, germany, italy, japan.
Decidido. Acabei comprando um relógio por um preço razoável. Porém, quando fui pagar com o meu cartão de crédito, subitamente, o dono do estabelecimento - acredito que sim, de etnia coreana ou chinesa, quase enfartou aos berros:
-Nô, nô, nô... cartão nô! Só dinheiro!
Pois bem. Se a gente não muda com a vida... a vida muda com a gente! Notadamente, quando alguém é vítima (de bobeira) da eficiência ferramenta do mundo business.

LINCOLN CARTAXO DE LIRA

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Nova experiência marciana


 Marte como nunca se viu. A Microsoft Research e a Nasa, a agência espacial norte-americana, lançaram uma nova experiência para os usuários do WorldWide Telescope (WWT), serviço que permite explorar o Sistema Solar virtualmente.
A novidade é o WWT-Mars Experience, que permite fazer passeios interativos por Marte, ouvindo comentários de cientistas e explorando o planeta por meio de imagens de alta resolução.
Trata-se de um resultado do trabalho que vem sendo conduzido desde o inicio de 2009 pela Microsoft Research em parceria com cientistas de diversos países. O objetivo é encontrar formas criativas e eficientes de empregar as imagens obtidas pelas missões da Nasa, disponibilizando-as ao público em geral.
“Quisemos tornar mais fácil para pessoas em todos os lugares, inclusive cientistas, o acesso a essas imagens únicas. Por meio do WWT fomos capazes de construir uma interface para o usuário que permite usufruir desse conteúdo valioso”, disse Dan Fay, diretor de iniciativas para Terra, Energia e Meio Ambiente da Microsoft Research.
O WorldWide Telescope, desenvolvido pela empresa, é uma ferramenta que, uma vez instalada, permite que o computador pessoal funcione como um telescópio virtual, reunindo imagens obtidas por observatórios e telescópios espaciais.
Para criar a nova experiência marciana, o grupo de Fay trabalhou em conjunto com o de Michael Broxton, do Centro de Pesquisa Ames, da Nasa, especializado na aplicação da visão computacional e do processamento de imagens a aplicações em cartografia.
Para Broxton, divulgar ao grande público os resultados dos trabalhos dos cientistas da Nasa é uma parte importante da missão da agência. “A Nasa tem um histórico de oferecer ao público acesso às imagens obtidas por suas missões. Por meio de projetos como o WWT, podemos disponibilizar um acesso mais amplo, de modo que futuras gerações de cientistas possam descobrir o espaço de novas formas”, disse Broxton.
Por meio do WWT-Mars Experience, o usuário pode passear por todo o planeta e, ao encontrar um ponto de interesse, aproximar a imagem até perceber detalhes na superfície marciana. Pode também admirar a altura das crateras ou a profundeza de seus muitos cânions. “É uma experiência que torna possível ao usuário sentir como se estivesse realmente lá”, disse Fay.
Das imagens, um destaque é o conjunto recém-processado pelo experimento HiRise, operado por pesquisadores da Universidade do Arizona e que consiste de uma câmera robotizada de altíssima resolução a bordo da sonda Mars Reconnaissance Orbiter. Cada imagem obtida pelo HiRise tem 1 gigapixel de resolução, ou cerca de 100 vezes mais informações do que uma foto feita por uma câmera digital comum.
Por conta do tamanho, abrir as imagens seria complicado para os usuários, mesmo com uma conexão de banda larga. E são mais de 13 mil imagens já produzidas pelo experimento, o que parece bastante, mas representa uma cobertura de apenas 1% da superfície marciana.
Os pesquisadores trabalharam com as imagens em alta resolução para criar um mapa integrado que permitisse a navegação simples e rápida. O mapa resultante é o de maior resolução já produzido sobre Marte. O que o torna muito útil também a pesquisadores.
Para apresentar e explicar a nova experiência marciana, o site do WWT incluiu passeios interativos conduzidos pelos cientistas Carol Stoker e James Garvin, da Nasa.
Mais informações: www.worldwidetelescope.org

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Rússia volta a enviar animais para o Espaço

Mais de 50 anos depois a Laika ter ficado famosa por ter sido a primeira cadela enviada para o Espaço, a Rússia vai voltar a pôr animais em órbita. A partir de 2012, reiniciará os seus programas de investigação que tinham cessado em 1997.

Foi Igor Ushakov, do Instituto de Problemas Biomédicos, que anunciou o programa, explicando que este visa estudar o comportamento animal.
O primeiro de vários satélites de nome Bion-M será lançado em Maio e terá como "tripulação" ratos, lagartixas, caracóis e microorganismos, que viverão em órbita durante 30 dias.

Em 2013 será lançada outra nave - a Foton-M - com pequenos animais que vão ficar dois meses no Espaço. Estão também previstos, entre 2015 e 2020, voos de animais até à Estação Espacial Internacional (ISS), onde os astronautas que lá trabalham os vão analisar.

A CONSCIÊNCIA DA SUA MISSÃO...

Freqüentemente, eu me pergunto:


O que cada um de nós está fazendo neste planeta?

Se a vida for somente tentar aproveitar o máximo

possível as horas e minutos, esse filme é bobo.

Tenho certeza de que existe um sentido melhor em tudo o que vivemos.

Para mim, nossa vinda ao planeta Terra tem basicamente dois motivos:

Evoluir espiritualmente e aprender a amar melhor.

Todos os nossos bens na verdade não são nossos.

Somos apenas as nossas almas.

E devemos aproveitar todas as oportunidades que a vida

nos dá para nos aprimorarmos como pessoas.

Portanto, lembre sempre que os seus fracassos são sempre

os melhores professores e é nos momentos difíceis que as

pessoas precisam encontrar uma razão maior para continuar em frente.

As nossas ações, especialmente quando temos de nos superar,

fazem de nós pessoas melhores.

A nossa capacidade de resistir às tentações,

aos desânimos para continuar o caminho é que nos torna pessoas especiais.

Ninguém veio a essa vida com a missão de juntar

dinheiro e comer do bom e do melhor.

Ganhar dinheiro e alimentar-se faz parte da vida,

mas não pode ser a razão da vida.

Tenho certeza de que pessoas como Martin Luther King,

Mahatma Ghandi, Nelson Mandela, Madre Tereza de

Calcutá, Irmã Dulce, Betinho e tantas outras anônimas,

que lutaram e lutam para melhorar a vida dos mais fracos

e dos mais pobres, não estavam motivadas pela idéia de ganhar dinheiro.

O que move essas pessoas generosas a trabalhar diariamente,

a não desistir nunca? A resposta é uma só:

a consciência de sua missão nesta vida.

Quando você tem a consciência de que através do seu trabalho

você está realizando sua missão, você desenvolve

uma força extra, capaz de levá-lo ao cume da montanha

mais alta do planeta.

Infelizmente, muita gente se perde nesta viagem

e distorce o sentido de sua existência

pensando que acumular bens materiais é o objetivo da vida.

E quando chega no final do caminho percebe que o

caixão não tem gavetas e que ela só vai poder levar

daqui o bem que fez às pessoas.

Se você tem estado angustiado sem motivo aparente está aí

um aviso para parar e refletir sobre o seu estilo de vida.

Escute a sua alma: ela tem a orientação sobre qual caminho seguir.

Tudo na vida é um convite para o avanço e a conquista de valores,

na harmonia e na glória do bem.


Autor: Roberto Shinyashiki

Plantas crescem menos com aquecimento global

O aquecimento global não tem feito as plantas crescerem mais, como se estimava, mas sim menos. Segundo um estudo publicado na revista Science, a produtividade dos vegetais tem decaído em todo o mundo.
Até então, achava-se que as temperaturas constantemente mais elevadas estariam estimulando o crescimento das plantas, mas a nova pesquisa, feita com dados de satélites da Nasa, a agência espacial norte-americana, aponta o contrário.
O motivo são as secas regionais, indica o estudo feito por Maosheng Zhao e Steven Running, da Universidade de Montana, segundo o qual a tendência na produtividade já dura uma década.
A produtividade é uma medida da taxa do processo de fotossíntese que as plantas verdes usam para converter energia solar, dióxido de carbono e água em açúcar, oxigênio e no próprio tecido vegetal.
O declínio observado na última década foi de 1%. Parece pouco, mas, de acordo com os autores da pesquisa, é um sinal alarmante devido ao impacto potencial na produção de alimentos e de biocombustíveis e no ciclo global do carbono.
“Os resultados do estudo são, além de surpreendentes, significativos no nível político, uma vez que interpretações anteriores indicaram que o aquecimento global estaria ajudando no crescimento das plantas mundialmente”, disse Running.
Em 2003, outro artigo publicado na Science, de Ramakrishna Nemani, do Centro de Pesquisa Ames, da Nasa, e colegas, havia apontado um aumento de 6% na produtividade global de plantas terrestres entre 1982 e 1999.
O aumento foi justificado por condições favoráveis na temperatura, radiação solar e disponibilidade de água, influenciados pelo aquecimento global, que seriam favoráveis ao crescimento vegetal.
Zhao e Running decidiram fazer novo estudo, a partir de dados da última década reunidos pelo satélite Terra, lançado em 1999. Os cientistas esperavam pela continuidade da tendência anterior, mas verificaram que o impacto negativo das secas regionais superou a influência positiva de uma estação de crescimento mais longa, o que levou ao declínio na produtividade.
Segundo o estudo, embora as temperaturas mais elevadas continuem a aumentar a produtividade em algumas áreas e latitudes mais altas, nas florestas tropicais, responsáveis por grande parte da matéria vegetal terrestre, a elevação nas temperaturas tem diminuido a produtividade, devido ao estresse hídrico e à respiração vegetal, que retorna carbono à atmosfera.
O artigo Drought-Induced Reduction in Global Terrestrial Net Primary Production from 2000 Through 2009 (doi:10.1126/science.1192666), de Maosheng Zhao e Steven Running, pode ser lido na Science em www.sciencemag.org.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Adivinha do dia

0 - Tem um processo em curso de investigação

1 - Negou coisas que o seu chefe disse

2 - Esteve muito ligado ao PSD

3 - Sabe fazer umas cantarolas

4 - Também sabe jogar golfe

5 - Desde há uns meses nunca mais se ouviu falar dele

· De quem falamos ????


(...ver resposta abaixo ...)
[]
Resposta:

· []

· - Dias Loureiro!...
[]
A viver actualmente à grande e à fartazana em Cabo Verde.

É o dono do maior Resort Turístico da Ilha do Sal...

( ... é aquela ilha, daquele país africano onde o BPN
criou umas "sucursais" e um banco mais ou menos virtual, com que se faziam umas operações de lavagem
e fugas ao fisco, etc. etc... )

· PS: Alguém dá por ele na nossa imprensa

O que nos leva a pensar tal esquecimento..?

Como vêem é fácil fazer esquecer um roubo
superior a mais de 4 mil milhões de euros,
quando,se tem amigos...por todo o lado...
_______________________________ até em Belém!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Zona não tão morta

Um grupo de astrônomos descobriu um objeto em uma região da órbita de Netuno considerada uma “zona morta gravitacional”, na qual até hoje nenhum corpo astronômico havia sido observado. A descoberta foi publicada no Science Express, edição on-line da revista Science.

O objeto, denominado 2008 LC18, é um asteroide troiano, um tipo de asteroide que divide a órbita de um planeta, posicionando-se à frente ou atrás desse planeta em uma localização estável. O nome deriva da Guerra de Troia, que teria ocorrido entre gregos e troianos por volta de 1.300 a.C.

Como os asteroides troianos compartilham a órbita de seus planetas, eles são sensíveis à formação e migração desses outros. Por conta disso, a descoberta poderá ajudar a compreender melhor questões fundamentais sobre a formação e os movimentos dos planetas.

Júpiter é o planeta do Sistema Solar com o maior número de asteroides troianos conhecidos: mais de 4 mil. Há quatro troianos conhecidos em Marte e outros seis em Netuno, mas nenhum na região em que agora foi encontrado o sétimo. Até então, não se descobriu esses tipos de asteroides nos demais planetas do Sistema Solar, apesar de os cientistas estimarem tal existência.

Scott Sheppard, da Instituição Carnegie, e Chad Trujillo, do Observatório Gemini, utilizaram uma nova técnica observacional, que aproveita a formação de grandes nuvens escuras de poeira no espaço para poder bloquear a luz de fundo no plano galáctico.

Essa “janela observacional” foi empregada com o auxílio do telescópio japonês Subaru, com espelho de 8,2 metros de diâmetro, instalado no Havaí. A órbita do 2008 LC18 foi determinada com os telescópios Magalhães, de espelhos com 6,5 metros, instalados no Chile.

“Estimamos que o novo troiano em Netuno tenha um diâmetro de cerca de 100 quilômetros e que há cerca de 150 outros asteroides do tipo na região em que observamos o 2008 LC18”, disse Sheppard.

Isso implicaria que há mais asteroides troianos em Netuno do que o número desses objetos no principal cinturão entre Marte e Júpiter. “Há menos troianos conhecidos em Netuno simplesmente porque eles são mais difíceis de serem descobertos, uma vez que estão tão longe da Terra”, disse.

O artigo Detection of a Trailing (L5) Neptune Trojan, de Scott Sheppard e Chad Trujillo, pode ser lido na Science em www.sciencemag.org/cgi/content/abstract/science.1189666.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Fenômeno explosivo das motos


Um dia desses, já no final da tarde, peguei o carro e fui buscar a minha consorte no seu trabalho. De repente dei de cara com um motoqueiro andando a mil pelo corredor dos veículos – um autêntico kamikaze; buzinando feito um louco, fazendo todo tipo de barbeiragem no trânsito.
            Não sei por quais cargas d’água achei de baixar o vidro do carro e dar uma espiada para ver quem era o sujeito de incrível ousadia. Como diz um amigo: “foi doidera!”. Aproximando de mim, ele tirou o capacete, sem pestanejar e enfezado, disparou em tom de deboche:
            -Prego (frize-se: pateta, otário)! Algum problema!?
            Entreolhamo-nos, meio embaraçado (ou melhor: com medo!), arregalei os olhos, segurei-me na direção, e um pouco, digamos, “lento no pensamento”, respondi:
            -Ué! Não há problema algum.
            Não sei se foi culpa da tal “linguagem de motoqueiro” ou se foi a sua movimentação atrevida, mas o fato é que fiquei desapontado e angustiado com essa história, e até os dias de hoje, quando vejo um motoqueiro indisciplinado com as regras do trânsito, fico ruminando àquela resposta (à altura) que não veio.
            Você leitor deve estar perguntando por que eu gastaria meu precioso tempo falando sobre isso. Explico. Ocorre que o Brasil, segundo o jornal a Folha, está se transformando num país das motos. Veja: 46% das cidades brasileiras têm mais motos do que carros. No início da década passada, em 2001, isso ocorria em 26% das cidades, contra 74% com predominância de automóveis.
            Realmente é um fenômeno explosivo. Havia 7,4 milhões de motos em 2005; atualmente, são 15,3 milhões –variação de 105%. No mesmo período, o número de carro, hoje cerca de 35,4 milhões, cresceu 40%.
            Detalhe cabuloso: O office-boy virou motoboy. O transporte público se rendeu ao moto táxi. O jegue deu lugar à moto. E, para escapar de engarrafamentos ou de ônibus caros, lentos e desconfortáveis, muito gente decidiu se tornar motociclista ou motoqueiro.
            Ademais, senti-me nauseabundo com o número de motoqueiros mortos, que saltou de 725 em 1996 para mais de 8.000 no ano passado. Isto significa que morreram, em média, 22 pessoas por dia em acidentes com motos em 2009.
            Em minha opinião, razoavelmente correta, diante deste novo cenário preocupante, em que já se vislumbra uma situação pior do que está, é necessária uma rediscussão sobre a própria legislação de trânsito. URGENTE!!!

                                               LINCOLN CARTAXO DE LIRA

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Tsunami solar

Agência FAPESP – No dia 1º de agosto, quase todo o lado do Sol que é visto da Terra entrou em grande erupção. Após um período de calma um pouco mais longo do que o habitual na estrela, essa atividade deu origem a um fenômeno de enorme intensidade.
A rajada solar de classe C3 emitida pelo Sol provocou, entre outros efeitos, o que os cientistas chamam de ejeção de massa coronal em direção à Terra. Essa emissão atingiu o campo magnético terrestre dois dias depois.
O processo que levou à formação do “tsunami solar” foi registrado pelo Solar Dynamics Observatory (SDO), sonda da Nasa, a agência espacial norte-americana, que estuda processos solares que afetam a Terra. O veículo foi lançado em fevereiro.
Uma imagem divulgada pela Nasa mostra o hemisfério norte solar em meio à erupção. As cores variadas na imagem representam temperaturas diferentes de gases, que vão de cerca de 1 milhão a 2 milhões de graus Celsius.
Segundo a Nasa, foi uma das mais rápidas ejeções de massa coronal em anos. A agência também divulgou um vídeo, formado a partir da montagem de imagens obtidas por outros telescópios, que mostra a rápida explosão de materiais seguida por uma erupção mais lenta em outra parte do Sol.
Quando a ejeção atingiu a Terra, após se deslocar a mais de 1 mil quilômetros por segundo, o impacto provocou uma tempestade geomagnética que durou quase 12 horas, tempo suficiente para formar auroras sobre a Europa e a América do Norte.
As ejeções de massa coronal se constituem em enormes nuvens de partículas carregadas que são lançadas pelo Sol em períodos de várias horas e que podem conter até 10 bilhões de toneladas de plasma.
Esses fenômenos se expandem a partir do Sol em velocidades muito elevadas, suficientes para percorrerem a distância de cerca de 150 milhões de quilômetros entre a Terra e o Sol em apenas dois dias. Explosões solares podem interferir em sistemas eletrônicos de comunicação.
O Sol passa por ciclos de atividade regular que duram aproximadamente 11 anos. O mais recente momento de atividade máxima ocorreu em 2001 e ejeções como a registrada agora são os primeiros sinais de que o Sol está “acordando” de um período de calma. Os cientistas calculam que a próxima máxima ocorrerá em 2013.
O vídeo pode ser visto em: www.nasa.gov/multimedia/videogallery/index.html?media_id=16939864

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Fitoplâncton em queda

Agência FAPESP – A quantidade de fitoplâncton nos mares tem caído no último século. A queda no conjunto de organismos aquáticos microscópicos com capacidade de fazer fotossíntese foi destacada na edição da revista Nature.
Segundo o estudo, a queda é global e ocorreu por todo o século 20. O fitoplâncton forma a base da cadeia alimentar marinha e sustenta diversos conjuntos de espécies, do minúsculo zooplâncton a peixes, aves e grandes mamíferos marinhos.
“O fitoplâncton é o combustível que move o ecossistema marinho e esse declínio afeta tudo o que está acima na cadeia alimentar, incluindo os humanos”, disse Daniel Boyce, da Universidade Dalhousie, no Canadá, principal autor do trabalho.
Boyce e colegas usaram um grande conjunto de dados oceanográficos históricos e atuais em análise que verificou um declínio médio de 1% na quantidade de fitoplâncton nos mares do mundo. A tendência, segundo eles, é particularmente bem documentada no hemisfério Norte, onde a queda foi de 40% com relação aos valores encontrados na década de 1950.
Segundo os pesquisadores, a queda de longo prazo estaria relacionada com as mudanças climáticas globais, incluindo o aumento nas temperaturas das superfícies oceânicas, especialmente nas áreas próximas ao Equador, e alterações nas condições oceanográficas.
O estudo de três anos analisou dados desde 1899. As maiores quedas nos níveis de fitoplâncton ocorreram nas regiões polares e tropicais e em oceanos abertos, onde ocorre a maioria da produção global desse tipo de biomassa.
O fitoplâncton precisa de luz solar e de nutrientes para crescer. E os oceanos, quando mais quentes, tornam-se mais estratificados, o que limita a quantidade de nutrientes que se deslocam das águas mais profundas para a superfície.
As temperaturas mais elevadas, de acordo com o estudo, poderiam estar contribuindo para tornar os oceanos tropicais ainda mais estratificados, levando a uma crescente limitação na disponibilidade de nutrientes e ao declínio do fitoplâncton.
O estudo também concluiu que variações climáticas de grande escala, como o fenômeno do El Niño, afetam a produção de fitoplâncton em uma base anual, ao mudar as condições oceanográficas de curto prazo.
Os resultados contribuem para o crescente aumento de evidências científicas que indicam que o aquecimento global está alterando os mecanismos básicos dos ecossistemas marinhos.
“O declínio do fitoplâncton pelas mudanças climáticas é outra dimensão importante das alterações globais observadas nos oceanos, que já estão estressados pelos efeitos da pesca e da poluição. Novas ferramentas observacionais e uma melhor compreensão científica são necessárias para permitir previsões acuradas da saúde futura dos oceanos”, disse Marlon Lewis, outro autor do estudo.
O artigo Global phytoplankton decline over the past century (doi:10.1038/nature09268), de Daniel Boyce e outros, pode ser lido na Nature em www.nature.com.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A censura da "vagina" no Facebook

 In the past week, Facebook deleted a number of pages from their website, ostensibly due to their concerns about the sexual nature of the material. Interestingly, the organization appears to have primarily targeted the pages of several women and female sexuality organizations with Facebook pages. It may be that there were male-run pages deleted that I haven't heard about, but at this point, I'm only aware of sites that were focused on the lovely vagina, and that celebrated female sexual empowerment.
My dear friends at Self Serve, a women-owned and run sexuality resources center (toys, books, videos, educational materials and gear, all in a wonderful positive, safe and welcoming environment) had their Facebook page taken down because of a video they posted about the "fad" of labiaplasty. Labiaplasty is a cosmetic surgery, where women have their genitals surgically altered to be "more attractive," and fit the ideal image of a vagina (whatever that is). Matie, Molly and Alee walk the viewer through the physical risks and dangers of this surgery, and educate them about the diversity of the female genitalia. The video contains images of the female vulva, from Betty Dodson's work, when she began educating women years ago, about how to love themselves and their bodies. The video has a heartfelt message, urging women to love their bodies as they are, and not to give in to mutilation to fit an unrealistic, and uncommon ideal based upon porn. Check out their video and website, and support them in their defense of female sexuality.
Violet Blue is a sexuality activist, writer, and educator, whose Facebook page dedicated to women who celebrate and enjoy sexuality and pornography, was also deleted. Blue had over three thousand Facebook members supporting her page, and had worked hard to comply with Facebook's rules. She was given no advance notice and no explanation of why her page was deleted. Blue wrote a letter to Facebook, as yet unanswered.
So what's going on here? In the past few months, Facebook has attacked and deleted pages with breasts, breastfeeding, naked female dolls, and now Ms. Blue's page and the Self Serve video that tries to educate women to love themselves and their vulvas. Does Facebook have a problem with female sexuality?
In the past, men feared the “vagina dentate,” an almost universal myth that suggested that women's vaginas were not only dangerous, but actually contained teeth that could bite off the penis of any man so foolish as to insert it in the woman's body. A very rare congenital abnormality can in fact create tumorous cysts near the opening of a female’s vagina, which could resemble teeth, but the global prevalence of this mythical symbol is believed to have much more to do with a general fear of female sexuality.
In the folklore, men combated these toothed vaginas, much as knights fought monsters. In a Jicarilla legend from New Mexico, the boy hero fed sour berries to the women's hungry vaginas, which ended up destroying their teeth (remember good dental hygiene!), while in a legend from India, the boy hero used an iron tube like an indestructible dildo, to knock out the teeth that lurked in the vagina of a demon female. In her marvelous book, The Story of V, Catherine Blackledge recounts similar stories in a history of the vagina. She describes that all of these tales carry similar meaning: “pulling vaginal teeth is a metaphor for how some men would like to make women meek and biddable, remolded in a shape defined by them. In these stories, instead of shaming her into submission, physical means are used to tame her sexuality.”
Is Facebook hurting itself with these actions and hurting women? Will women start leaving this site, and heading to social networking sites that are more accepting of female sexuality? I've heard from many Insatiable Wives, who have left Facebook, for sites where they can freely celebrate their sexuality. Who's next? And where does it stop? If Facebook was a client, sitting on my couch, I think I'd be asking "How was your relationship with your mother?" and "Do you think you stopped breastfeeding too early?"

publicado em: http://www.psychologytoday.com/blog/wohttp://jmassapina.blogspot.com/men-who-stray/201007/cutting-your-vagina-spite-your-facebook

Foi censurado no Facebook