sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Obviamente, a OPA falhou

A Caixa está contra, a Caixa é o Estado, a OPA à Cimpor falhou. Pelo menos nestas condições. Dois administradores, aliás, parecem tê-lo adivinhado antes: venderam.

A posição da Caixa é a oposição à OPA. O banco já deixou claro que não devolverá contrariado os 10% da cimenteira a Manuel Fino e que prefere uma fusão amigável.

Parece fato à medida para a Votorantim, a última candidata, que pode rir melhor. A empresa não entra para mandar, mas para travar a CSN. Não é um ataque à Cimpor, é uma defesa do mercado brasileiro. Os franceses da Lafarge podem trocar a posição hostilizada por fábricas no Brasil; Fino e outros poderão vender, saldar dívidas e virar a página. Este parece ser o plano da Caixa, que inclui mas domestica a Teixeira Duarte, após um aperto de mãos frígido com Fino.

Foi por isso que as acções da Cimpor desvalorizaram ontem. E, excepto se por alguma urgência, só pode ter sido por descrença numa cotação melhor que os históricos administradores da Cimpor Salavessa Moura e Luís Sequeira venderam quase todas as 700 mil acções que tinham, a bom preço.

A OPA pode ter acabado mas a fusão começou agora. Falem a CSN, a Votorantim e a Camargo. Como é que cantam os brasileiros? "Chêguei p'rá conquistá o muuundo. Vooocê sêduz e vai bem fuuundo..."

“Pedro Santos Guerreiro”

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