segunda-feira, 1 de agosto de 2011

O Sócrates Espanhol: Zapatero a destruir a Economia Espanhola

Espanha, terra da bolha do imobiliário, gerida por mais um Socialista “promissor”.
Vejamos o que correu mal:


Numa economia pode-se usar os Recursos para Investir ou Consumir. O conjunto das possibilidades desta combinação, à medida que aumentamos uma e diminuímos outra, pode ser representada pela linha azul acima: a curva de possibilidades de produção.
Segundo Keynes, se baixarmos muito a taxa de juro e portanto aumentarmos o crédito, podemos fugir desta prisão e produzir mais e consumir mais ainda (ponto R).
Segundo Mises, ao baixarmos artificialmente a taxa de juro e aumentarmos o crédito, consumimos a quantidade de recursos disponível até um ponto em que teremos de cortar no consumo e no investimento, passando um tempo no interior da curva para repôr esses recursos (ponto Q).
Segundo Hayek, os sectores em que isto se vai notar mais são os de bens duráveis, mais utilizadores de crédito (como o habitacional, de que Espanha é um caso paradigmático).
Ou seja, Espanha aproveitou juros baixos e construiu demais. Agora, vai ter de consumir menos e produzir mais (de bens que tenham procura efectiva) para recuperar.
Na questão do desemprego:


(S = Supply, D=Demand – ou seja, são normalíssimas rectas de Oferta e Procura)
Espanha há muito que tem um salário mínimo muito elevado. Em muitas funções, o salário mínimo é superior ao que geralmente vigoraria no mercado. Se o Salário de acordo com a produtividade fosse A e o salário mínimo é B, naturalmente há menos contratados e daqui resulta necessariamente desemprego. Logo, salários mínimos à Espanhola causam desemprego (e os sindicatos em 2010 ainda o queriam aumentar 8%!)
Naturalmente, causam ainda mais quando eliminam profissões que, por 630 Euros, mais vale não ter. Falo de enchedores de sacos nos supermercados, de atestadores de depósitos nas bombas de gasolina, dos que indicavam os lugares nos cinemas, dos ascensoristas, de policias sinaleiros e de muitas outras profissões hoje desaparecidas de Espanha e de grande parte da Europa (no Brasil eu vi dezenas de profissões que não existem na Europa!).
Resultado: os que trabalham pagam a essas pessoas na mesma: mas pagam mais e não têm nenhum serviço em retorno. E para os que pensam que ao menos os que recebem o subsídio de desemprego estão melhor: a estes foram roubadas profissões de entrada que lhes permitiriam ganhar conhecimentos e hábitos que os colocariam em trajectórias de carreira que lhes permitiriam construir uma vida plena, com amor próprio, respeitabilidade e um salário bem superior. Assim, são ociosos, inseguros de si, e causadores de fricções sociais. Sem o primeiro degrau, é mais difícil subir a escada social!
Espanha viveu anos com um desemprego de 10%. À luz dos salários e produtividades espanholas, este valor tem de ser visto como muito baixo e só possível numa economia sobreaquecida pelo crédito fácil. Quando aquele passou, o desemprego voltou aos valores normais, pouco abaixo do 20%. Está agora a passar os 20 porque… quem esteve no ponto R, tem de passar uma temporada no Q. É a vida.
Deixo-vos com uma citação de Mises para pensarem: “There is no means of avoiding the final collapse of a boom brought about by credit expansion. The alternative is only whether the crisis should come sooner as the result of a voluntary abandonment of further credit expansion, or later as a final and total catastrophe of the currency system involved.”


In: O Insurgente

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